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terça-feira, 10 de agosto de 2010

TIPOS DE LIDERANÇA

Fiquei pasmo ao saber hoje, através de uma emissora de TV, que a vitória da África do Sul foi a primeira vitória do Parreira comandando uma seleção que não fosse a brasileira. Nunca entendi muito bem como este senhor chegou onde chegou, porque nunca consegui ver nele méritos. Não consigo entender como esteve em seis Copas do Mundo, duas vezes dirigindo a Seleção Brasileira e outras quatro. Uma vez foi campeão com a brasileira em um jogo que não foi ganho, mas entregue pelos italianos em dois pênaltis chutados fora. Em 2006 foi o desastre que todos sabemos. Nunca jogou bola, escreveu um livro sobre futebol que depois se descobriu ser plagiado de um inglês. No entanto, a mídia globalizada o aponta como senhor técnico. Ele é o líder pastel chinês: grande, mas sem recheio. Outro tipo de liderança é a do francês Domenech. Um cara sem nenhuma competência relacional é guindado ao posto máximo no futebol francês, arruma um monte de confusão, o Anelka lhe diz umas poucas e boas, o grupo sai em defesa do Anelka contra o técnico, instala-se o caos, perdeu dois jogos, empatou um e só marcou um gol. Triste liderança. Ele é o líder “casaca de ferida”: cada vez que mexe, sangra. Há o líder holofote, aquele que, mesmo sem jogar, traz todas as luzes e holofotes sobre ele. É o Maradona. Gosta de microfone e declarações polêmicas como poucos, porque sabe que isto lhe dá audiência e holofote. Ele está aparecendo mais que o Messi, o melhor jogador do mundo. De salto alto, como sempre esteve em toda a sua vida, mesmo quando o internaram por vício em cocaína, vai conseguindo alguns resultados e espero que ele não tenha que cumprir a promessa que lhe renderá mais holofotes: desfilar nu em Buenos Aires. Há o líder “casca grossa”. O Dunga é o exemplo acabado desta liderança. Tudo que pode influenciar, interferir ou ser considerado vazamento para a imprensa, ele se irrita e sai ofendendo em balbucios e rosnadeiras. Assim foi com a Alex Escobar na última coletiva que deu, obrigado pelo regulamento. Adepto do “só eu no comando”, mostra insegurança. Seu comportamento infantil provém de uma cosmovisão de que “boas cercas produzem ótimas comunidades”, lema preferido de certo grupo religioso. Na versão Dunga “isolamento produz boa equipe”. É verdade que a seleção melhorou no segundo jogo, mas também é patente que ele não foi competente para tirar o Kaká de campo quando se via a irritação que redundaria em expulsão. Preferiu deixar ser expulso, talvez porque assim pode colocar no time um outro peixinho seu, o Júlio Batista. Com estas e outras, algo se aprende com esta Copa. marcos Inhauser