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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

JUDAS OU JESUS?

Causou furor a frase do guru sobre a sugerida aliança entre Jesus e Judas. Muito já se disse a este respeito e tinha para comigo que não deveria eu me meter nesta tresloucada metáfora do sindicalista-presidente. No entanto as lombrigas me remoeram as entranhas. Fiquei a analisar o comportamento do pronunciante e tenho cá com meus botões algumas conclusões muito pessoais, que as comparto, não para disseminar o joio, mas para tentar entender o trigo. Não é de hoje que tenho prestado atenção e catalogado a insistência do guru em usar metáforas. Não conheço na história recente e mesmo anterior, alguém que usasse de tantas metáforas e analogias e que o fizesse com tal espontaneidade quanto o viajante-com-o-dinheiro-dos-tributos. Ele usa a abusa das figuras, ora com propriedade ímpar, ora com imperícia também ímpar. Só conheço outro que o fazia como ele e que se notabilizou com seus ensinos via parábolas, que foi Jesus Cristo. O guru-mór gosta da frase “nunca antes na história”. Ele se julga um divisor de águas, um ser que veio para dividir a história brasileira e quiçasmente mundial,entre o antes e o depois. Nisto ele se julga igual a Jesus Cristo, quem, sim dividiu a história entre o antes e o depois. O sindicalista também gosta de alardear que na sua gestão os famintos passaram a ter o que comer, que mais gente foi atendida nos ambulatórios, que mais transplantes se faz, que mais uma infinidade de coisas. Certa feita, quando visitava uma sinagoga, perguntaram a Jesus se ele era o Messias ao que abriu o livro do profeta Isaías e leu que os coxos andam , os cegos vêem, aos cativos é proclamado o ano da libertação. O Lula, segundo o Lula, está fazendo a mesma coisa. Jesus foi anunciado por um João Batista, voz que clamava no deserto, comia gafanhotos e mel silvestre. O Lula é o próprio. Saiu do clamar no deserto, comeu buchada de bode, bebeu o que veio e lhe deram. Se Jesus teve um precursor, o Lula foi seu próprio precursor. Nisto ele é maior que o Messias. Outras similitudes eu poderia apontar para provar que Lula se julga o Messias, o predestinado, o escolhido de Deus. Nesta condição ele tem os seus Judas e não cabe apontar porque sabidos e conhecidos pelos brasileiros. O problema é que este simulacro de Messias, ao invés de ser vendido pelo Judas, ele próprio se vendeu e se entregou. Deixou-se ser tentado pelo poder, andou transformando pedra em pão, se aliou a outros Judas, traiu a confiança de quem o elegeu e acreditou no seu reino pregado e proclamado por anos a fio e que acabou se convertendo no reino dos banqueiros, dos donos de telefonia, das construtoras, das ONGs não auditadas, dos sem-terra-com-verbas-públicas-milionárias.