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terça-feira, 10 de agosto de 2010

MARIO GATTI DA GRAÇA

Popularmente o chamam de Mario Grátis, por se tratar de hospital público. Confesso que nunca olhei para ele com simpatia, exatamente por ser público e atender ao SUS, o que, pela mídia, se sabe do descalabro que é. No entanto, por força da internação do meu pai no HMMG, decidi acompanhá-lo durante os dias em que esteve hospitalizado para uma cirurgia menor, poupando minha mãe e irmãos que moram fora de Campinas do incômodo das viagens e do custo dos pedágios entre Indaiatuba e Campinas (verdadeiros roubos, e ainda o Serra fica irritado quando perguntado sobre este triste capítulo da administração tucana). A pequena cirurgia de meu pai se complicou em função de um infarto seguido de edema pulmonar. Fiquei indo, vindo e permanecendo no hospital por treze dias. Desta experiência, que não é nova porque eu mesmo fiquei mais de mês em hospital, também em função de cirurgia e complicações posteriores, quero vir a público, da forma que tenho acesso, para dizer o que ali constatei. Fiquei admirado, surpreso e gratificado por ver o carinho, atenção e dedicação da equipe de enfermagem dos segundo e terceiro andares, bem assim da UTI. Confesso que não vi nem ouvi da parte de nenhum deles (e não são poucos os que ali conheci) uma única palavra de reclamação, não percebi falta de vontade, comportamento reativo às solicitações. Muito pelo contrário, o que vi foi alegria, brincadeiras com os pacientes, gestos de afago e encorajamento. Tenho certeza de que no rebanho da enfermagem deve ter a ovelha negra, mas eu não a vi nem a reconheci. Antes, com os estagiários, quando fui agradecer o que haviam feito e o cuidado com meu pai, o que vi foi um sorriso nos lábios e a frase; “quem deve agradecer somos nós, por nos sentirmos úteis”. O mesmo quero dizer dos médicos da Urologia e da UTI. Não se furtaram a dar as informações solicitadas, abriram o jogo quando a situação estava grave, foram solícitos às demandas do paciente e familiares e, principalmente, reverteram o quadro, mesmo quando o paciente era não colaborativo. Diante disto, deixo aqui, de público, o meu reconhecimento pela excelência da equipe que conheci, e a declaração pública de que mudei minha opinião sobre o Mario Gatti. Da ignorância, passei à vivência da manifestação da graça de Deus, no serviço ao próximo. Marcos Inhauser