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quarta-feira, 8 de maio de 2013

O PODER

Somo seres quer buscamos incessantemente o poder. Em todas nossas relações estabelecemos “nosso território” e buscamos ampliá-lo com negociações e artimanhas. A busca pelo poder é inerente ao ser humano e o altruísmo, quando acontece, pode ser que seja um investimento no longo prazo.
Há certas circunstâncias em que cedemos certo espaço de poder. Há povos que, vivendo em liberdade, quiseram ver a ordem estabelecida e esta superou e a liberdade e poder de exercê-la foi parcialmente suplantado.
Ninguém consegue viver sem um espaço de poder. A autonomia é necessária para que haja a individualidade. A ausência total do poder pessoal é a completa despersonalização. No entanto, como seres humanos, somos a somatória das obediências que prestamos a quem não podíamos e não podemos desobedecer. No fundo, sobrevivemos porque cedemos algo do nosso poder para figuras ditatoriais patriarcais, matriarcais, avunculares, professores, chefes, etiqueta, moda, etc.
Neste contexto deve-se ver a política. O império político tem o objetivo de manter a massa no limite mínimo da satisfação e abafar o clamor dos pobres e sofridos. Deputados, senadores, vereadores, governadores e quejandas não são deserdados. São eleitos porque têm cacife, tem poder anterior para lá chegar. E quando lá chegam buscam ampliar o seu espaço de poder.
A política existe para congelar o status quo. Daí porque, as Câmaras Municipais mais concedem honrarias que legislam mudanças. E quando elas ocorrem são cosméticas. Um governo sem atribulações, azeitado, sem greves, sem reclamações é o que todo governo quer. Ele busca manter e aumentar seu poder, usando de todos os artifícios disponíveis, não importa se éticos. E para legitimar esta sua ânsia, usa do processo educativo e da propaganda oficial para persuadir os dominados a aceitar a dominação, via consenso ideológico. É um processo de acomodação e domesticação das classes, especialmente as emergentes. Talvez com isto se possa entender porque no Brasil não se permite a “educação em casa” (home schooling). Seria ter gente pensando fora do consenso ideológico.
Nada mais terrorista que o poder exercido em nome de Deus. O fanatismo religioso, na história da humanidade, é o responsável pela maioria das mortes violentas. Se o poder do monarca vem de Deus, nada nem ninguém irá suplantá-lo ou diminui-lo. O “poder divino” cria messias, iluminados, fazedores de milagres e ladrões do povo via ofertas religiosas e dízimos. Cobra vidas como é o caso dos fanáticos muçulmanos. Quem tem olhar crítico sobre estes “poderosos divinos” é tachado, até mesmo pelos domesticados, de herege.
No âmbito da sociedade são tachados de revolucionários, antissociais, guerrilheiros, esquerdistas. Usam dos meios de comunicação (que está nas mão dos poderosos) para vender esta ideia aos dominados que, consensualmente, aceitarão a versão oficial e a outra como subversão.
Marcos Inhauser