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quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ECOpenhage

Ia escrever algo a respeito, mas recebi este artigo do meu amigo Marcos Kopeska, que o reproduzo, com edições para caber no espaço. Desde a infância ouço: “Não desperdice água! Não suje a rua! Não corte árvores! Não polua o ar! ...” ... O que hoje matamos faltará amanhã ... Procurando alinhar ... com a Bíblia, vejo ... por outro prisma. A natureza é e sempre será ... aliada da voz de Deus na ... revelação a nós. ... Javéh utiliza-se da natureza para criar ambiência para sua voz. Deus falou com Adão no jardim, com Hagar no deserto, Abraão na montanha, Jacó no riacho e Moisés na sarça ardente. ... Jesus pregou ... o Sermão do Monte. Inúmeras vezes Ele usou montes para orar, praias para pregar e lírios para ilustrar. Deus usou estrelas e grãos de areia para falar de suas promessas a Abraão, de nuvem para guiar seu povo, da rocha para saciar a sede do povo, corvos para cuidar de Elias e uma ilha deserta para revelar mistérios a João. ... Paulo escreve: “...o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou ... os atributos ... de Deus ... têm sido vistos ... sendo compreendidos por meio das coisas criadas,...” (Rm 1:19-20). A criação revela o Criador! ... volta-se a Ele em imensa, perfeita e eterna ... ópera, com o solfejar dos mares, o bramido dos rios, o grito dos bichos, o uivo dos ventos, o farfalhar das folhas e o jogo de cores, imagens e movimentos das matas. Nas Escrituras encontramos anjos, homens e natureza ... adorando ao Criador. “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. ... Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas ... ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo.” (Sl 19:1-4) Einsten dizia: "Quanto mais acredito na ciência, mais acredito em Deus. O universo é inexplicável sem Deus". São inúmeras as expressões desta adoração registradas na Bíblia, mas .. estamos calando esta ópera ao Senhor. Como as matas louvarão se reduzidas? Arrancamos o que Deus plantou “como vales que se estendem, como jardins à beira dos rios, como árvores de sândalo que o SENHOR plantou.” (Nm 24:6) mas ... os bosques os transformamos em lenha para alimentar usinas. Os rios querem se apresentar nesta ... adoração: “Os rios batam palmas e cantem de júbilo os montes,” (Sl 98:8); “Levantam os rios ... o seu bramido .. e .. o seu fragor.” (Sl 93:3); mas como levantarão adoração se roubamos sua vida com detergentes, metais pesados e sacos plásticos? Como cantar “As aves do céu cantam para ti / As feras do campo refletem seu poder / Quero cantar ...” ; se engaiolamos aves e matamos feras para vender o couro? Como os ursos adorarão se violamos seu habitat com toneladas de gases que vão para a atmosfera todos os dias? Como as imensas e milenares calotas polares adorarão se estão derretendo silenciosamente e cada placa de gelo que se solta é lágrima da natureza em dor? Estamos tolhendo parte da adoração a Deus. As previsões científicas da comunidade internacional em Kioto, 1997, cumpriram-se mais rapidamente do que se pensava. Copenhage é crucial para as negociações de novos termos e compromisso. O Tratado de Kioto precisou que 55% dos países que produzem 55% das emissões o ratificassem. Entrou em vigor em fevereiro de 2005, 8 anos depois da sua abertura para assinaturas. Oremos pelo Tratado de Copenhage e pela volta da criação à esta imensa adoração. Marcos Inhauser

terça-feira, 31 de março de 2009

A MALA ME CARACTERIZA

Certa vez uma psicóloga me pediu que algo que me identificaria. Fiquei na dúvida entre a sala de aula e a caneta, por me achar professor e gostar de escrever. Hoje eu ficaria na dúvida entre as mesmas coisas mais a mala de viagem. Parece que não nasci com pés, mas com rodas. Minha vida foi viajar. Já rodei um bocado.
Na semana passada, o que nunca sonhei na vida, estive em Shanghai e mais uma vez a monumentalidade das construções chinesas me deixou boquiaberto. Eu havia acabado de assistir a um documentário sobre o Edifício Torre Mayor na cidade do México e a grandiosidade dele, suas características antissísmicas e o fato de ser único na América Latina. Em Shanghai deve haver uns 50 deles. A arquitetura dos novos edifícios é arrojada, moderna e busca privilegiar conceitos ecológicos. O aeroporto de Pudong (o mais novo) tem 233 portas de embarque. Vi árvores sendo plantadas aos montes por todas as partes, assim como vi a poluição terrível que cobre a cidade e um trânsito simplesmente caótico.
Por todas as ruas que passei (e não foram poucas) havia obras de remodelação, ampliação, ajardinamento. Da janela do hotel contei ao menos 8 áreas em construção. Quando subi na torre de televisão, cartão postal da cidade que equivale a um prédio de uns 150 andares, o que vi lá em baixo foi um grande canteiro de obras.
Tal se deve a duas razões: Shanghai hospedará em 2010 a maior Convenção Internacional de Comércio e Negócios e a decisão de transformar a cidade no maior porto do mundo. Para se ter uma idéia, eles construíram um em pleno mar, com 25 quilômetros de extensão, usando umas pequenas ilhas e aterrando os espaços entre elas. A cidade é ainda a capital financeira da China, sede da maior parte das indústrias e onde as multinacionais tem seus escritórios. Simploriamente poderia dizer que Beijing é a capital política, mas Shanghai é a capital financeira e dos negócios.
Ao ver estas coisas e também saber das condições de trabalho da maioria dos chineses, fico a pensar se é certa a afirmação de que o Brasil é o campeão mundial das desigualdades sociais. Por outro lado, se só um por cento da população é rica, há na China um Brasil inteiro de milionários. Acima de tudo, há que se considerar que esta é uma sociedade que não privilegia o consumo, mas a poupança. Daí dá para entender porque eles tem mais de um trilhão de dólares aplicados nos Estados Unidos. E nosso Lula todo lampeiro se gabando de ter 200 bilhões em caixa. Isto talvez explique porque a China deve crescer só sete por cento em 2009 e o Brasil do Lula vai ficar patinando.